quarta-feira, 4 de julho de 2012

Intercâmbio em Londres: a experiência da Natália

Para quem não conhece esse blog eu super recomendo, perfeito Blog Aqui (: 




Quem aí sentiu falta dos relatos de intercambistas em Londres? Pois esse mês estamos de volta à terra da rainha! Quero ver se, a partir de agora, começo a intercalar as entrevistas. Um mês em Londres, o mês seguinte em qualquer outra parte do mundo e assim por diante. O que vocês acham? Não sai tanto da proposta original do blog e ainda dá uma mãozinha pra todo mundo, né? 

Bem, a entrevistada de hoje talvez seja conhecida de muitos de vocês. O nome dela é Natália Puga, ela tem 17 anos e é carioca. Atualmente cursa o ensino médio e pretende prestar vestibular pra Comunicação Social. Apaixonada por livros, ela tem um blog que trata basicamente desse tema. Recomendo pro pessoal que curte Game of Thrones que a sigam no Twitter. Todo santo domingo ela comenta os episódios! Hahaha. 

Como sempre lembro a vocês, o formato da entrevista procura abordar os aspectos mais básicos de um intercâmbio, mas nada impede que os comentários sejam usados para que perguntas mais específicas sejam feitas. Avisarei para a Natália e ela as responderá na medida do possível. Se você fez intercâmbio e também estiver a fim de contar como foi sua experiência, é só entrar em contato


Por que Londres? 

Desde pequena sou apaixonada por história, principalmente da Inglaterra, desde a sua fundação. Adoro ler sobre tudo que envolva a monarquia inglesa, o grande incêndio, revolução industrial e por aí vai. Conforme fui crescendo, comecei a ler Harry Potter e a ouvir Beatles e McFLY, o que só aumentou a minha paixão por aquele lugar. Quando comecer a ler Dickens e Shakespeare, eu soube que não podia aguentar mais para ir para essa cidade mágica que reune tudo que eu gosto. Isso sem falar que tenho uma paixão enorme pelo estilo de vida londrino: O jeito de se vestir das mulheres e homens, o modo como eles falam, a cultura de pubs, o número enorme de atividades culturais, a infra-estrutura... precisava ver tudo isso com meus próprios olhos e me sentir, mesmo que por pouco tempo, pertencente aquele lugar.


Como foram os preparativos para o intercâmbio? 

Eu sabia que ia ter que fazer o intercâmbio em dezembro, por causa da escola. Então visitei algumas agências em setembro, para conversar sobre as opções e pegar orçamentos. Como todas as agências aqui do Rio ficam no mesmo bairro, consegui fazer isso em um só dia. Em outubro voltei para a EF, a que eu escolhi, para fechar o pacote e fazer o pagamento. Como não precisava de visto já que ia ficar menos de 90 dias, e comprei a passagem com a agência, não sobrou muita coisa para eu fazer além de esperar. Durante o mês de novembro comprei algumas coisas que ia precisar para a viagem, e duas semanas antes comecei a fazer minha mala, para não esquecer nada. Deixei ela aberta no meu quarto e ia jogando tudo que eu lembrasse dentro dela. Também fiz uma lista com tudo que eu gostaria de fazer em Londres, pra não perder tempo. Não consegui fazer tudo, mas teria sido pior sem ela. 




Como foi a tua vida de intercambista? As melhores partes e as nem tão agradáveis assim? 

A melhor parte, com certeza, foi ter escolhido ficar numa residência estudantil. Morei com uma holandesa, duas argentinas, uma venezuelana e outra brasileira, o que além de ser super divertido, é interessante para observar os hábitos do pessoal de outros países. A holandesa, por exemplo, jantava rodelas de pepino meio que fritas, e um kiwi, enquanto eu me jogava num pratão de arroz e frango. Outra parte bacana foi ver que eu consigo sobreviver sozinha. Não sou de cozinhar nem de limpar casa aqui no Brasil, mas quando cheguei lá, me deparei com um fogão e uma louça que precisava ser lavada diariamente. Para vocês terem uma noção do quanto mudei, no ano novo eu fiz uma ceia para 8 pessoas, e todo mundo veio me elogiar no final. Também rolavam várias sociais na residência (eram mais de 200 alunos), e todo dia você conhecia uma pessoa nova, coisa que eu não conseguiria se estivesse numa casa de família. A facilidade para viajar para outros lugares também é uma coisa bem legal. Por motivos financeiros acabei indo visitar apenas a Holanda, mas valeu muito a pena. 

Mais uma das melhores partes, sem dúvida, foi ter passado o natal e o ano-novo em Londres, e ver os fogos na beira do Rio Thames. Momento que nunca vou esquecer. 

É claro que também tem sua parte ruim, como ter que conviver com hábitos nada interessantes. Uma das meninas que morava comigo nunca lavava a louça dela, e sempre fazia festinhas no apê, e não limpava nada depois. Apesar de adorar ela, confesso que fiquei aliviada quando ela foi embora. Dividir o banheiro também não é uma coisa muito boa, principalmente a parte dos cabelos no ralo. Ah, outra coisa ruim, pelo menos no meu caso, foram os horários do meu curso, que às vezes me tomavam o dia todo. Deixei de fazer várias coisas por causa disso, apesar de ter faltado algumas aulas! 


Como foi lidar com o inglês? 

Já tinha feito cinco anos de curso aqui no Brasil, então meu inglês não era nem um pouco iniciante, mas fiquei com um pouco de receio antes de ir. Mas chegando lá, não tive nenhum problema, principalmente com as pessoas de outros países, pelo inglês também não ser o primeiro idioma deles. Agora, não vou mentir: no começo é difícil entender de primeira o que os ingleses falam, eles tem um sotaque muito forte mesmo. Tinha que ficar concentrada na conversa para não deixar de entender nada e, mesmo assim, às vezes eu jogava um "Sorry?" e eles repetiam para mim. Uma vez conheci um cara chamado Peter, mas quando ele disse o nome dele saiu algo como "Pitáááá". Ele precisou escrever para que eu entendesse! Mas conforme você vai ficando mais tempo, e se acostumando, isso também deixa de ser um empecilho. E sem você perceber, quase que naturalmente, você começa pegar aquele sotaque gostoso britânico. 


Quais são os lugares imperdíveis a serem visitados em Londres, na tua opinião? 

OK, agora vem a parte difícil. Londres tem "n" opções de coisas para fazer, e agrada todos os tipos de pessoas, das mais chegadas a atividades culturais, ou aquela pessoa viciada em baladas. Vou tentar misturar um pouco dos dois: os museus mais legais para mim foram oNatural History Museum (que tem dinossauros enormes, tudo sobre a natureza, corpo humano e biologia em geral e é DEMAIS, sério!) e o Museum of London, que abriga toda a história de Londres e é imperdível para quem ama a cidade. Uma das coisas mais legais de Londres são os mercados, e o meu preferido é o Borough Market, que é só de comida. Dá vontade de comprar todos os queijos, chocolates artesanais, doces... Não deixem de tomar chocolate quente no Artisan du Chocolat. Se você não curte museus, mesmo assim você tem que dar uma passada no Cafe 2, que fica no térreo do Tate Modern. É o melhor chocolate quente do mundo - e sim, sou viciada nessa bebida dos deuses. Pra beber junto das bruschettas quentinhas! Para curtir, sugiro o O'Neills, que fica em Picadilly, que é uma mistura de bar, pub, balada e restaurante, e tem música ao vivo toda noite. Outra opção é aPicadilly Institute, uma balada bem legal. Mesmo para quem não é muito religioso, ir a St. Paul's Cathedral é imperdível. Um dos lugares mais bonitos que já estive na vida. Vale a pena subir os 500 degraus para ter uma vista maravilhosa de Londres. Para quem gosta de arquitetura, sugiro ir a Docklands à noite, e observar o centro financeiro de Londres,Canary Wharf, com seus arranha-céus imensos, meu lugar favorito. Você não pode também deixar de ir comer o famoso fish'n chips, que é realmente delicioso. Um lugar legal para comer é o Camden Eye, que fica bem em frente a estação de Camden Town. Por último, a Westminster Abbey é o paraíso para os amantes de história e da monarquia inglesa, já que tem o túmulo de gente como Elizabeth I!

Nenhum comentário:

Postar um comentário